“Não estamos apagando o passado”, diz Maurício Odebrecht
Após os impactos causados pelos crimes investigados na operação Lava Jato e pelas brigas na família, a Odebrecht decidiu mudar de nome. Nesta sexta-feira, a empreiteira anunciou que passa a se chamar Novonor.
A empresa teve sua imagem prejudicada ao aparecer como uma das mais investigadas nos casos de corrupção analisados pela operação Lava Jato. O grupo firmou um acordo de leniência com a PGR (Procuradoria-Geral da República) em dezembro de 2016, no âmbito da operação. O acordo previu o depoimento de 78 executivos da empreiteira, incluindo os ex-presidentes Marcelo Odebrecht e seu pai, Emílio Odebrecht, o que gerou mais de 80 inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).
Quando ocorreram as primeiras denúncias da Lava Jato, em 2015, a Odebrecht contava com uma força de trabalho global de 180 mil funcionários.
Hoje, em processo de recuperação judicial, a Novonor “nasceu como holding de um grupo empresarial com 25 mil funcionários e seis empresas” que atuam nas áreas de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodoviária, petróleo e gás, mercado imobiliário, petroquímica e indústria naval.
Visando escapar do que se chama “estigma de marca”, a empresa passou por um trabalho de revisão de arquitetura de marcas com a Interbrand.
– Não estamos apagando o passado. Passado não se apaga. Passado é exatamente o que ele é: passado. Depois de tudo o que promovemos de mudanças e de correção de rumos, estamos agora olhando para o que queremos ser: uma empresa inspirada no futuro. Este é o nosso novo norte – afirma em nota Maurício Odebrecht, acionista majoritário do grupo.
*Pleno News
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